A média de preços de compra de habitação no Reino Unido está no valor mais alto de sempre e registou a maior subida desde 2002. O governador, Mark Carney, pede uma redução do programa de incentivo à compra de casa.
Apesar de estarem no mesmo continente, as preocupações da União Europeia e de Inglaterra são diferentes. Os 28 receiam a deflação. O Reino Unido tem medo da valorização excessiva dos preços no mercado imobiliário.
A preocupação britânica foi expressada pelo governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney (na foto), no domingo, 18 de Maio. "O maior risco para a estabilidade financeira e para a continuidade do crescimento económico está centrado no mercado imobiliário", referiu em entrevista à "Sky News".
A média de preços para compra de habitação está no valor mais alto de sempre e registou, em Maio, a maior subida desde 2002 (3,6%).
O governador especificou que "podem ser tomadas medidas para controlar os excessos, se tal for necessário: poderemos impor maior controlo na capacidade de hipoteca, limitar os tipos de empréstimos ou sugerir ao Governo que restrinja o programa 'Help to Buy'", indicou à mesma fonte.
O programa governamental "Help to Buy" consiste no incentivo à compra da primeira ou de uma nova casa em Inglaterra. O vice-primeiro-ministro, Nick Clegg, mostrou disponibilidade para "reduzir o programa se o governador alertasse para tal", referiu em entrevista à BBC.
O chefe de Governo, David Cameron, referiu à "Sky News" que é "fundamental construir mais casas, o que está a ser estimulado pelo Executivo".
Do lado da oposição, o porta-voz do Partido Trabalhista para a área do Tesouro, Ed Balls, indicou que o Governo deve incentivar a construção no mercado imobiliário mas também reduzir o número de casas que podem ser adquiridas através do programa de incentivo governamental. O porta-voz alertou mesmo que "a não ser que o Governo actue", o Banco de Inglaterra será forçado a subir, prematuramente, as taxas de juro, referiu em declaração, citado pela Bloomberg.
As declarações de Mark Carney foram feitas a quatro semanas da reunião mensal, de Junho, do Comité de Política Financeira do Banco de Inglaterra.
Fonte: http://www.jornaldenegocios.pt