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18 de janeiro de 2016

Presidente do CRECISP alerta para a ‘lavagem de dinheiro’ no setor imobiliário


O presidente do CRECISP (Conselho de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), José Augusto Viana Neto, esteve em visita a Itu nesta sexta-feira (15), quando se reuniu no auditório do Sincomercio com corretores de toda a região para apresentar o trabalho da entidade. Ele também conversou com a reportagem do Jornal “Periscópio” sobre temas ligados ao mercado imobiliário, como a lavagem de dinheiro no setor, a crise econômica e as mudanças no projeto “Minha Casa, Minha Vida” na cidade.

Viana Neto alertou para a prática de lavagem de dinheiro. Segundo ele, existe uma lei federal que obriga os corretores a comunicarem ao COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda, qualquer negociação suspeita, como quando o comprador paga o imóvel com obras e artes e jóias, ou com cheque em nome de terceiros.

“Nessas situações suspeitas, os corretores têm que em 24 horas comunicar ao COAF. E é tudo muito sigiloso para que não haja a exposição, porque uma transação suspeita não quer dizer que seja desonesta ou errada. Muitas vezes ela pode parecer suspeita e não ter erro nenhum. Essa lei começou a valer no final de 2015 e agora nós estamos fazendo a instrução para os corretores para que eles possam atender a legislação e não ter problemas”, explica.

O presidente do CRECISP também elogiou Itu e comentou sobre o mercado imobiliário da cidade. “É um mercado muito bom, porque Itu é uma cidade próspera, ela tem uma importância econômica e cultural fora do comum. E tem um entorno de cidades importantes”, disse. “Uma cidade limpa, bonita e progressista. Não tem nada que atrapalhe a desenvolver”, completou.

Quanto a crise econômica, Viana Neto disse que o setor imobiliário foi afetado, sim, mas a situação não é das piores. “Ainda estamos realizando negócios em níveis bem expressivos. Em qualquer ano atrás de 2007 foi menor o movimento do que nós tivemos agora em 2015. Então é uma situação ruim, mas dentro de um patamar mais elevado”, comentou.

Minha Casa, Minha Vida
Outro assunto comentado por ele foi a redução do teto dos imóveis contratados pelo projeto “Minha Casa, Minha Vida” em Itu para R$ 135 mil. De acordo com Viana Neto, a mudança foi boa. “O ‘Minha Casa, Minha Vida’ em valores muito altos acaba sendo uma trava no mercado, porque o mercado que está fora do programa se espelha demais nesse projeto do governo. Então todas as vezes que há aumento do teto do financiamento do MCMV, acaba inflacionando o mercado e cria muitas dificuldades”, explicou.

“Eu acho que estabelecer um teto mais baixo do que aquele que tinha anteriormente é positivo, porque evita especulação e a inflação de preço do mercado imobiliário. E toda vez que o imóvel aumenta o preço, automaticamente um monte de gente fica de fora do mercado, da condição de comprar. Isso é importante lembrar”, argumentou o presidente do CRECISP. “Então eu acho que essa diminuição faz muito bem, ela produz um efeito muito mais positivo do que negativo para uma cidade, principalmente com as características de Itu”, finalizou.

Fonte: http://jornalperiscopio.com.br
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